sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Conselho de Cultura refuta acusações

Conselho de Cultura refuta acusações

"Não importa o formato do colegiado, mas que ele trabalhe pela cultura do seu estado". As palavras do ministro da Cultura, Juca Ferreira, deveriam refletir o panorama nacional para a cultura. Em visita aos Diários Associados, na manhã de ontem, o presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC), Marcus Accioly e os demais membros da entidade - Marcus Prado (vice-presidente), Leonardo Dantas, Geraldo Pereira, Reinaldo de Oliveira, Marilena Araújo de Sá, Ana Paula de Santana, Isaar França e José Carlos Viana -, destacaram a importância do Conselho nos seus 42 anos de vigência ininterrupta. Os conselheiros entregaram um documento contestando afirmações feitas pela presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Luciana Azevedo, em entrevista concedida ao jornal no dia 25 de janeiro.


Membros do Conselho entregaram documento onde apresentam as realizações nesta gestão Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
No documento entregue pelo CEC - que foi criado em 23 de setembro de 1967, sendo o segundo mais antigo do país - destaca-se a competência do grupo em formular a política cultural no âmbito do estado. Segundo Marcus Accioly, incumbência que não cabe a Luciana. "Nós fomos agredidos por ela. O formato do Conselho está devidamente de acordo com o Sistema Nacional. Ela dirige uma fundação, não pode querer controlar um Conselho. Até hoje ninguém nunca pediu a extinção de um órgão de cultura", comentou.

Na reportagem, a presidente da Fundarpe dizia que o atual Conselho pernambucano vai de encontro aos ideais do Sistema Nacional de Cultura e é uma referência histórica que não atende às necessidade de uma representação institucionalizada de modelo de cogestão, partilhada.

No documento, os conselheiros CEC defendem que, "só durante a gestão do governador Eduardo Campos, a entidade realizou 444 reuniões e, além das suas atividades culturais, que vão do Patrimônio Imaterial, em conjunto com a Assembleia Legislativa, até o centenário de Joaquim Nabuco, além de conferências, problemas ecológicos - como o da Tamarineira, ou do Sítio Trindade - realizou os seguintes tombamentos: Hospital Pedro II; Cinema São Luiz; Sítio Histórico e Arquitetônico Rural do Povoado da Muribeca dos Guararapes; Palácio do Campo das Princesas; Parque Aza Branca e Casa de Januário, em Exu; Jardim do Coronel do Paulista. Também escolheu o Conselho de Cultural, só na atual gestão, os seguintes Patrimônios Vivos do Estado: Confraria do Rosário, Fernando Spencer, José Joaquim da Silva (Zezinho de Tracunhaém); Teatro Experimental de Arte de Caruaru; Caboclinho Sete Flexas; Selma Ferreira da Silva (Selma do Coco); Clube Indígena Canindé; José Nunes de Souza (maestro e compositor); Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu".

Segundo o documento, o Conselho de Cultura de Pernambuco é composto por dez membros, só superando o Piauí (com nove) no número de conselheiros de outras entidades semelhantes no país. "Nada disso tem a ver com o assembleísmo da presidente da Fundarpe, que pretende substituir o colegiado por um conselho de 172 membros, entre conselheiros e suplentes", informa o texto.

O presidente do Conselho, Marcus Accioly, aproveitou ontem a visita aos Diários Associados para agradecer a solidariedade de muitos artistas e personalidades locais.




Clique aqui e confira o documento

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